O silêncio, mais uma vez, grita. Impõe sua calada voz sobre a noite. Todos os bicos se abrem, alamedas se lotam, vazios se enchem, sem que haja algum som. Qualquer sim para o som.
Em elaborado movimento, sem incomodar qualquer vizinhança, sobe-se mais um muro ou escada, que tenta alcançar o silêncio do espaço sideral... em vão. Entre os vazios desse infinito imaginar surgem, sobressalentes, pautas vazias de notas grifadas, compassos sem tempos. Sem Tempo.
Os sons, que os passos das horas e segundos fazem ao tocar o chão, são quimeras de cobre ou chumbo que, alquímicas, tentam se transmutar na própria não-substância da qual é feito o Nada.
E quase nada ou pouco é feito para cessar a necessidade dos próprios caminhos de vento de serem preenchidos e cortados por novos ares.
Pois... que se faça o gri ... to ... do ... si ... lên ... cio.