Começa a corrida dos dedos no contrabaixo, apontando a velocidade. Som de atmosférico ritmo levando automóveis espaciais para longe daqui. Mais perto dali.
Ali é de onde saiu um carro-rato roendo a consciência pra bem perto daqui. E suas passadas tem barulho teclado no chão, timbre de frenética leveza e torpor.
Minha auto-carro-consciência saiu pra bater em um poste, e daqui uns séculos eu bato de volta em sua porta.
Movimento de fora pra dentro e pra fora de novo, estímulo-resposta imediato e simultâneo. De lá de lado eu ainda vejo minha anacronia acenando pra mim, pedindo que eu traga alguns de volta de lá.
Num trem de vagas almas passageiras, que compraram a passagem e mal começaram a pagar, o trem-consciência onde entram os que saltam de seus carros inundados.
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